30.9.14

enxoval nos EUA: já que a desvalorização do real baterá o recorde, vamos tocar na ferida!

Primeiramente quero pedir desculpas por não ter respondido a maior parte dos comentários da última semana. Estou naquele dilema: ou posto, ou respondo. Tá corrida a coisa aqui, gente! Socorro!

E numa semana louca onde tentei acompanhar índices da Economia e da pesquisa fake eleitoral, fico aqui a pensar no que acontecerá se o dólar valorizar até o patamar de 4 reais. Sim, os mais pessimistas dizem isso! Com Dilma reeleita, o céu é o limite para a escalada do dólar.

E você, grávida, está preocupada com a viagem para Miami, porque seu filho PRECISA ter tudo o que os filhos das suas amigas têm! Será?

Eu não sou nem louca em afirmar que não compensa viajar para fazer enxoval. Obviamente compensa se você NÃO seguir a lista da personal shopper, de sites e da maternidade. Acredite em mim: lista de enxoval não é ciência, mas sim uma publicidade disfarçada.

Você também precisa aproveitar a viagem para turistar antes da chegada do filhote! Isso inclui uma boa hospedagem, passeios, ótimos restaurantes e até uma praia. Fazer bate-volta só para comprar, sofrendo grávida numa classe econômica, almoçando Big Mac, não compensa nunca. Dá uma ressaca moral terrível fazer esse tipo de coisa. É o ápice do consumismo.

A maior parte dessas mães consumistas se preocupa demais com o enxoval comercial e esquece do mais importante: fazer de tudo para ter um parto normal. Cesárea não é tão segura quanto um parto vaginal. Eu acreditei na mentira que os médicos ginecologistas brasileiros contam e enfrentei dias terríveis.

Depois que o filhote nascer, lembre-se de NUNCA dar mamadeira! Seja forte! Não disse que lista de enxoval é publicidade? A OMS não indica a mamadeira, mas sim o copinho com leite materno! Se você teve os seios operados (com corte dos ductos) e não pode amamentar, o leite artificial entrará no copinho só se não for possível conseguir leite materno de outra mãe.

O pediatra do meu filho disse algo para mim que nunca esquecerei: nada desestimula mais a amamentação que a compra de mamadeiras antes do nascimento e lata de leite em pó na saída do hospital. Bingo!

Por favor, risque da sua lista mamadeiras Philips Avent e esterilizador. Risque as chupetas. Inclua uma excelente bomba elétrica Medela. Caso você não precise dela, poderá vendê-la facilmente pelo mesmo preço que pagou.

Sabe qual é o meu sonho de "consumo"? Ser uma vaca leiteira que nem essa mãe americana aqui. Ela usa a bomba para aumentar ainda mais a produção de leite que tornou-se suficientemente grande para alimentar todos os 4 filhos, incluindo crianças maiores! E ainda doa leite para muitos bebês! Que mulher determinada! Exemplo eterno para quem quer fazer as coisas da forma certa!

Veja abaixo a foto de parte da produção própria de leite materno e as lindas crianças abençoadas!


Enquanto você sonha com Miami, papel de parede, lustre rococó e saída de maternidade cafona, eu sonho em ser "vaca".

Seguir os próprios instintos de mãe é a única forma de conservar a simplicidade natural e esplêndida da vida. 

E seguir a lista de enxoval é a forma mais fácil de fazer absolutamente tudo de modo errado.

Atualização: a Thaty do Bebê Carbono Zero escreveu o post resposta "Enxoval nos EUA X Enxoval tupiniquim - Roupas". Se for priorizar a viagem em si, Paris é muito melhor, mas se quiser qualidade e exclusividade nas roupas de bebê, Lima (Peru) é a melhor escolha, Thaty! E ainda fica bem mais fácil emitir passagem com milhas, rsrsrsrs. :)

15 comentários:

  1. vamos focar no que interessa né?
    a gente se prepara tanto materialmente quando na verdade a preparação devia ser psicológica!
    porque não é bolinho criar um filho não!
    comprar o enxoval, aqui, em Miami ou na Eslovênia, é a parte MAIS fácil da maternidade!!!

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    1. Thaty, a verdade é que comprar enxoval pode ser bem mais complicado do que parece! Aliás, é complicação pura! A maternidade não é nada fácil mesmo, mas se seguirmos os padrões de consumo atuais, fica muitooooooooooooooooooooooooo mais complexo o sistema. Por exemplo: a 4moms lançou um balancinho que você controla a velocidade pelo iPhone. Tipo, você tá do outro lado da sala, e manda um comando pelo celular para o balancinho ligar porque a criança acordou! Só que a criança PRECISA do colo da mãe e se você substitui por alguma coisa, isso vai gerar problemas na criança. Outro exemplo: inventaram uma lixeira anti-odores para as fraldas! Mas pra que essa porcaria? As fezes precisam ser descartadas imediatamente, principalmente se a criança acabou de tomar uma vacina de rotavírus. Ou seja, mais outro troço que complica tudo. Peito é higiênico, fácil e nutritivo. Você não precisa ir até o cozinha usar o micro. É pá, pu! Mas se cedermos aos apelos da Danone, por exemplo, podemos complicar e prejudicar o bebê, ficamos escravas da esterilização da mamadeira, compra de bicos sobressalentes, etc... Entende? Grosso modo, bebê precisa de pai, mãe, colo, peito, fralda e cobertor (se estiver frio). Mais nada! Beijos e obrigada pelo comentário! Amei!

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    2. Luana, tem outro blog nos comentários né? Fantástico!
      Vi agora a menção ao meu post... hehehe... pois é, acho total absurdo essa história de TER QUE viajar par afazer enxoval... como se a gente morasse numa selva que não tivesse roupa nenhuma para comprar que o bebê possa usar...
      mas... querendo viajar, acho Paris bem mais digno, com certeza! E olha, não tô sabendo dessa de comprar no Peru... depois vou pesquisar melhor!
      bjs

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    3. Thaty, o Peru produz a melhor roupa de bebê do mundo. São muitas as marcas e o preço é super justo. A variedade é inacreditável, mas não custa preço de 25 de Março, né? rsrsrsrsrsrs
      O blog dos comentários é muito maior e melhor que o original, hahahahaahha.
      Beijos.

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  2. O seu blog me inspira de verdade. Eu fico vendo as pessoas estudarem, se formarem, se sacrificarem, e para quê? Para fazer uma escalada no consumo. Ostentar, mostrar a todos que chegou a algum lugar e é tão fácil cair nessa armadilha e nos afastarmos do que você sempre diz: o que é importante na vida. Todas as vezes que encontro algo assim minimalista e de consumo consciente eu me sinto em paz. Paz. Será que é uma forma de me conformar com a minha baixa remuneração e ficar onde estou na minha zona de conforto Luana? Mas quando tenho dinheiro sobrando procuro comprar o que eu realmente vou usar, não gosto de coisas encostadas e sem uso, para mim elas perdem o sentido de existência. Você poderia falar um pouco mais sobre sua escolha de viver assim? Mari

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    1. Oi, Mari! Ah, que delícia de comentário! Muito muito muito obrigada! ♥

      Mari, buscar ocupação profissional para ostentar bens tem cheiro de morte. Eu poderia usar um eufemismo qualquer para suavizar a situação, mas serei direta: é um morto que pensa que está vivo! E esse "vivo" é uma sensação que só existe se o consumo louco estiver presente.

      Acho super importante estudar, se formar, buscar conhecimento para que possamos fazer com mais criatividade algo de muito útil com as próprias mãos. O útil está bem longe da ostentação, afinal essa é recheada de valores superficiais, que são parte do que derruba a vida.

      Jamais acredite na mentira de sentir-se sempre feliz no próprio emprego. Pessoas desagradáveis existem em TODOS os lugares, mas você precisa simplesmente prosseguir com alegria verdadeira, fazendo a diferença com UTILIDADE. Ao invés de focar na remuneração, que tal você pensar sobre a consequência do seu trabalho? Essa consequência é que deve mover você, desde que SEJA ÚTIL, essencial, algo bom (e simples!) na vida dos outros! Que faça a diferença!

      Independentemente da renda familiar, o principal é resolver algumas coisas que atrapalham a nossa vida, simplificando os sistemas que precisamos encarar todos os dias. Destralhar faz parte do processo! Não é só aquele batom que está passeando para cima e para baixo na nécessaire. Isso inclui absolutamente tudo o que toma o nosso tempo e não é útil para ninguém! Exemplo: colecionismo. Colecionar qualquer coisa escraviza. É preciso guardar, limpar, classificar; investindo tempo em COISAS. Olha que absurdo! Tantas mulheres viúvas sofrendo de solidão, sem ninguém para conversar, e perdemos tempo com coleções. Que tal fazer uma geléia na cozinha e usar esse presente para chegar perto daquela senhora que parece tão triste? Geléia útil para uma conversa importante. (Eu preciso me livrar do Pinterest porque é um colecionismo de figurinhas de um mundo consumista que não quero fazer parte!)

      Agora a paz, essa paz que excede todo o entendimento, foi DEUS que me deu! Como eu a valorizo DEMAIS, tento diminuir os processos que podem tirá-la de mim.

      Minha escolha é essa: basicamente eu tento tirar da minha vida tudo o que seja impedimento para o mover de DEUS. É questão de fé.

      Hoje não é tão difícil ser minimalista. Minha consciência PESA. Não posso pisar na jaca, mesmo tendo a possibilidade. Sabe como é? Ter apenas uma par de calças porque não se tem dinheiro para comprar outro par é uma coisa. Sentir-se bem com apenas um par, por opção, é outra COMPLETAMENTE diferente.

      Tudo isso é extremamente natural para mim. Vou escrever sobre isso, pode deixar.

      Um beijo, Mari!

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  3. Olá, Luana, tudo bem? Sou uma leitora frequente do seu blog, embora nunca comente. Mas me identifiquei tanto com o comentário da Mari e, lendo a sua resposta, quis agradecer também. Esse é um espaço onde encontrei respaldo para coisas que já vinha sentindo há tempos. Eu e meu marido somos professores, eu lido com crianças o tempo todo e tenho visto a extrema importância de mudar esse pensamento consumista que permeia nossa sociedade tão fortemente.

    Nunca quis viver para trabalhar e acumular bens incessantemente. Já fui chamada de acomodada muitas vezes, mas o fato é que percebi, ao longo do tempo, que as pessoas criam necessidades (levadas por toda uma cultura social e midiática) que são absolutamente supérfluas e vivem em função de supri-las, de adquirir bens, ostentar, acumular. E falo isso com dor no coração, pois já tentei convencer a minha própria irmã tantas vezes de que não, ela não precisa colocar a filha na escola mais cara, não, ela não precisa comprar roupa de marca cara, não, a minha sobrinha não precisa de festa megalomaníaca com decoração mega e o melhor bolo (e a minha sobrinha é uma criança tão sossegada... ela quer é mais ficar na natureza brincando com bicho). Mas é impressionante como essas "necessidades" se impregnam nas pessoas e elas parecem acreditar piamente que "precisamos" fazer algumas coisas. Eu mesma já sei que será um dilema quando eu ficar grávida, porque minha família inteira acha que precisa ir para os EUA fazer enxoval. E eu acho que não tem cabimento.

    Acabei até me afastando de amigos porque todas as conversas das pessoas da minha idade que eu conhecia (tenho pouco menos de 30) estava girando em torno de posses, dinheiro, conquistas monetárias, uma corrida para ver quem tinha o melhor emprego, quem comprava o apartamento próprio primeiro (ou ganhava), quem conseguia abrir o negócio próprio, empreender, ganhar, ganhar, ganhar...

    Não tenho nada contra as pessoas sonharem e quererem crescer. Mas, não sei, me parece que o foco está se perdendo, os objetivos estão ficando vazios. Estou cansada de discutir posses, dinheiro, status, de me ver medida e medir (se não tomar cuidado a gente entra na roda) com essas réguas. Eu vejo o resultado nas minhas crianças: depois de uma aula inteira desenvolvendo o tema "sonhos", eu perguntei a eles o que eles querem realizar e eles me responderam que sonham em ganhar "muito dinheiro". E não são crianças/pré-adolescentes pobres e que passam necessidade - dou aula em uma escola particular de classe alta. Esse tipo de cultura também rouba a inocência e a própria infância das crianças. É engraçado, eles estranham que eu estou sempre com o mesmo sapato, que não venho dar aula com várias calças, várias blusas... notam cada peça de roupa que você veste, se você passa ou não passa maquiagem... desde quando isso tinha que ser importante para eles?

    Enfim, desculpe pelo desabafo e o comentário enorme. Só gostaria de dizer que esse blog tem me ajudado muito a repensar minhas atitudes e a me preparar para a maternidade.

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    1. Lorena, não precisa pedir desculpas! Eu simplesmente amo comentários cheios de sinceridade e reflexão.

      Vocês têm um emprego excelente, importantíssimo! Quem fala sobre acomodação, não sabe o que diz. Um professor está sempre buscando o melhor para os alunos e e é o primeiro a notar quando algo na família está errado. Então dizer uma coisa dessas, mesmo que seja apenas em relação ao lado financeiro, é de uma tolice sem medida.

      Essas necessidades são tão fantasiosas! Eu vejo como um grande balão, que sobe até não conseguirmos enxergar mais! Não existe limite. Crie os seus limites, sem ceder. É triste notar que quem amamos está dentro da roda do consumo. Dói demais em mim, imagino que não deve ser diferente na sua vida.

      Sobre a sua irmã, dê o exemplo. Não desista dela,nem da sua sobrinha! Sabe, Lorena, eu não vejo problema em usar apenas roupas de marca, desde que ninguém saiba a marca e a quantidade total de roupas seja mínima.

      Se você vai escolher uma roupa pela qualidade, não existe a necessidade de ter muitas! É possível passar 1 ano inteiro se vestindo muitíssimo bem com apenas 10 peças de roupa, excluindo lingerie e roupa para ginástica. Sobre qual valor investir em cada peça, eu sempre penso que tem que ser a melhor roupa que o seu dinheiro pode comprar (sem parcelamento e rolagem de dívida!), excluindo marcas que cobram preços abusivos ou que utilizam os clientes como peça de publicidade, tratando quem compra como coisa. E é preciso tomar muito cuidado com as marcas populares! Essa semana eu vi que a Riachuelo está vendendo saída de praia por R$200, uma loucura!

      Não é nada fácil achar roupas de qualidade que caibam no orçamento. Se nos EUA eles têm a Ross, TJMaxx, Marshalls e outlets, aqui não temos quase nada. Eu consigo montar um armário inteiro para 12 meses apenas com alguns itens caçados na OLX, Mercado Livre e Enjoei.

      Quando você não quiser ir aos EUA para montar o enxoval do bebê, basta dizer aos parentes que já sabe quais marcas comprar aqui e que está satisfeita com a qualidade delas. Nem adianta falar do cansaço da viagem, nem dizer que não vê sentido em adiantar tanta compra, rsrsrsrsrs. Mostrar satisfação é mais eficiente.

      Ah, a régua! Ih, que nunca mediu que atire a primeira fita métrica. A gente recebe esses estímulos o tempo todo! Não é fácil policiar a mente. Um professor maravilhoso que tive, de Direito Constitucional, chamava isso de higiene mental. Está sendo muito árduo limpar a cabecinha do meu filho. Todos os dias eu preciso explicar, desprogramar! Nunca pensei que fosse fácil, mas jamais imaginei que precisasse gastar tanto tempo para eliminar/minimizar a consequência dos estímulos publicitários. Algumas vezes eu canso, sério.

      A gente tem que tomar cuidado na hora de escolher os amigos. Se não soubermos conviver com as diferenças, acabamos nos isolando! Pode ser perigoso. Eu sei que cansa escutar sempre a mesma ladainha consumista, mas quem sabe você não consegue fazer a diferença, mostrando uma leveza de vida que deixe eles interessados?

      Essa cultura vazia rouba a inocência da infância com a permissão/omissão dos pais. Sempre!

      (continua)

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    2. Eu tive uma professora na 4ª série que falava o tempo todo que o uniforme poderia estar furado, a meia velha e o tênis apertado. Ela sempre dizia que o mais importante era manter as roupas limpinhas e a tarefa de casa bem feita. Imagine escutar isso dezenas de vezes no mesmo ano? No começo dos anos 90, nem rolava tanto consumismo, mas ela pegava pesado. Parecia que previa o futuro ou tinha amplo conhecimento do consumismo nos Estados Unidos. Era tão visionária! Ela COSTURAVA estojos de tecido com o nome dos alunos bordados e oferecia para a criança usar no lugar do estojo automático. Quando começaram a pipocar lápis enormes com o Mickey pendurado (de algum coleguinha que tinha ido a Disney), sabe o que ela fez? Comprou uma caixa de lápis HB sextavado, daquele que a madeira era natural e sem marca (eram vendidos de caixa em papelarias públicas do Governo Federal, tipo farmácia popular), e mandou gravar com hot stamping (aquela letrinha dourada de capa de TCC) o nome de cada aluno no lápis. Rapidinho a gente esqueceu da Disney! Olha a sabedoria!

      Não se importe com a preocupação dos alunos em relação ao seu visual. Se vestir com discrição ensina mais que estar na moda, você sabe muito bem! Não perca o foco!

      Tenho certeza que você será uma excelente mãe! Como já é madura para a pouca idade, omG!

      Contribua sempre que puder! :*

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    3. Oi, Luana, puxa, obrigada pela sua resposta. Fiquei muito feliz e quero agradecer por ter dispendido essa atenção a mim, mesmo estando com pouco tempo até para fazer os posts!

      Isso que você falou sobre os professores é a mais pura verdade. Não tem outro jeito - a cada dia buscamos o melhor dentro e fora de nós para dar ao nossos alunos, e todos os profissionais que trabalham comigo (incluindo meu esposo) são assim, dedicados, preocupados. Sei que há aqueles que não estão muito aí com a paçoca, mas em geral posso ver o quanto as pessoas que escolhem essa carreira se empenham e não são nada acomodadas. Existe um amor grande pelo que se faz nessa profissão, é muito legal. Mas, fato, o pessoal que já me disse isso só considerou o aspecto financeiro, o que limita muita a visão das pessoas, sem dúvidas.

      Jamais desistirei da minha irmã, da sobrinha e dos amigos verdadeiros (já tive períodos de certo "isolamento", mas estou combatendo isso). Sou muito teimosa com quem eu gosto, não largo, hehehehe, mas é difícil não ficar triste, não cansar de ver pessoas queridas se prejudicando/endividando por conta desse tipo de valor. E quanto às marcas e a questão da quantidade/qualidade de nossas peças de roupas, concordo plenamente com você. Inclusive, tenho boicotado há tempos várias grandes redes populares (Marisa, C&A, Rener, etc...) por saber que utilizam trabalho escravo! Quando eu descubro, paro de adquirir. Quando aconselho a minha irmã nesse caso é porque ela estoura o orçamento o tempo todo, fica desesperada com a falta de dinheiro, e também se importa com o lado "status" da coisa. E ela é uma mulher incrível, inteligente, então sei que pode viver muito bem sem tudo isso, com uma consciência melhor e dando um exemplo melhor pra pequena dela também. Se eu estou procurando me livrar dessas "amarras", ela (e muito mais gente) tem condições de sobra de fazer isso também.

      Gostaria que mais pais dos meus alunos se preocupassem, como você faz, com essa higiene mental (adorei a expressão), porque você tem toda a razão quando diz que isso acontece com a omissão e a permissão dos pais (mesmo porque fazer isso deve dar um trabalho danado!). E é triste ver as pessoas entrando de cabeça nesse barco e tirando dos filhos as melhores coisas da infância.

      Que incrível essa sua professora da 4 série! São por esses exemplos, que eu também tive em minha vida, que eu quis seguir essa profissão. E é isso aí, o importante é não perder o foco, né? Estive pensando, o bom de eles notarem tanto minhas roupas (são sempre comentários na inocência, mas que demonstram o quanto isso tem importância no ambiente em que eles vivem) e falarem sobre dinheiro, viagens e etc. é que eles me dão oportunidade de sobra para conversar sobre isso. Rolam altos debates em sala, o que eu procuro motivar mesmo, porque eles estão em uma escola que busca resultados, aprovação no vestibular, etc, então faço o que posso para mostrar um "outro lado". Espero, de coração, que eu esteja conseguindo ajudá-los de alguma forma (e não só com o conteúdo).

      Enfim, deixa eu parar de tagarelar que tem uma pilha de provas desse pessoal me chamando. Mas, novamente, obrigada por tudo, Luana. E que os anjos digam amém e eu seja uma boa mãe quando o filhote vier!

      Um abraço!

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  4. Olá!
    Temos gasto relativamente pouco com nosso filho desde que nasceu pois estamos usando roupas emprestadas por parentes. Como fizemos FIVs e gastamos muito então agora estamos tentando recuperar as finanças. Mas nem só por isto, temos uma vida frugal enquanto pais e transmitiremos isto a nosso filho. Festinhas de aniversário? Serão super simples dentro da nossa casa e com presença das pessoas que realmente importam.
    Sobre esta bomba que indicou, você já usou? Meu leite está cada vez saindo menos pois não estou conseguindo dar o peito. Acha que seria útil para mim? O bebê está no quarto mês e em janeiro volto trabalhar.
    Abraço.
    Depois visite meu blog.
    http://www.balaomagicodaivis.blogspot.com.br/

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    1. Você pode alugar uma bomba para testar! Com certeza ela será SUPER útil depois que voltar a trabalhar.

      Você precisa dar o peito para o seu filho, isso é fundamental até mesmo para o desenvolvimento da fala.

      1) Se possível, vá até o banco de leite da sua cidade para receber orientação
      2) Dê peito o tempo todo. Livre demanda, sem horários programados
      3) Aumente para o consumo de líquidos para 4 litros
      4) Dizem que suco de caju preparado (aquele de garrafinha) aumenta a produção
      5) Canjica aumenta MESMO a produção
      6) Se nada disso resolver, procure seu médico para que ele receite medicamentos controlados (com retenção da receita) para aumentar o leite.

      Todo esforço é válido para fugir das terríveis latas de leite em pó!

      É mesmo possível ter um ótimo enxoval com coisas doadas e emprestadas. Parabéns pelo seu pequeno milagre e pela postura!

      Um beijo!

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  5. Luana, seus textos são fantásticos! De arrepiar mesmo. Contra a todo o nojo de pessoas que convivo socialmente. E ainda fala de Deus, nossa amei! Continue escrevendo porque é aqui que me encontro no universo da maternagem. O resto é conversa para boi dormir. Abraços

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  6. Venham para Lima!!! Sem dúvidas, o melhor lugar para comprar algodão :)

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  7. Ler seus textos é terapêutico para mim. ��������

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