27.2.17

2017: um ano desafiador!

Eu estava sumida, mas nesses meses todos, reuni bastante conteúdo para postar no blog. Peço um pouquinho de compreensão, rsrsrsrs.

2016 foi um ano muito complicado na minha vida familiar. O Samuel (meu único filho, agora com 7 anos de idade) ingressou no primeiro ano do ensino fundamental e não foi nada fácil. Os anos de educação infantil estavam baseados no método da Maria Montessori e ocorreu um rompimento brutal. Foi muito complicado sair de um método que é individualizado (de verdade!) para uma apostila do Anglo. 

(O material do Anglo merece um post especial porque é uma salada inacreditável!)

Matricular uma criança numa instituição de ensino é uma forma de terceirizar a formação escolar, algo que eu não olhava por essa perspectiva. Freqüentar a melhor escola da cidade e sentar ao lado dele para fazer as tarefas em casa, não foi uma parceria eficiente. Os segredos da sala de aula se tornaram as raposinhas da vinha. A professora, seguindo a política escolar, não mostrou para nós os cadernos de sala durante todo o ano letivo! Só descobri o que estava acontecendo no fim do ano. Os cadernos são bagunçados, não seguem uma sequência lógica e fiquei horrorizada com o universo de desordem que a turma toda estava mergulhada.

Durante as entregas de boletim, somente os cadernos com tarefas de casa, apostilas e trabalhos de artes eram apresentados...

Talvez eu não tenha palavras para descrever o misto de sentimentos que tomaram conta de mim! Maldito homem que confia no homem. Nós confiamos na escola, quando deveríamos ter verificado cada letrinha escrita nos secretos cadernos de sala de aula. Falhamos.

Apesar do destino não planejado de 2016, passadas as férias, hoje o Samuel escreve, lê e está começando a usar metáforas mais complexas. Obrigada, Deus! A partir do momento que a educação formal se tornou deficitária, achei melhor tentar tomar as rédeas da situação e fazer a minha parte. Por exemplo, até mesmo durante as viagens de férias, qualquer placa no caminho era uma oportunidade para treinar a leitura. Ele está fascinado com a variedade de biomas no Brasil!

Férias no Ceará: foto feita em Flecheiras

Estou buscando em Deus uma forma de vencer rapidamente os traumas do ano que se foi. Dói demais escutar uma criança dizer que não gosta da escola, mas tenho certeza que ele tem o apoio necessário para superar a fase.

Já no começo de 2017, meu filho iniciou alguns cursos no Kumon. Agora só quer saber de Kumon e me pergunta o porquê da escola não ter o mesmo aproveitamento. "No Kumon eu aprendo tudo, na escola não aprendo nada!". Segue a luta...

O Limo Bag tem uma conta no Instagram (@limobag) e lá eu sigo um bom número de famílias que postam conteúdos inspiradores. Durante 2016, nesse ambiente bastante desafiador que eu estava vivendo, busquei me informar um pouco sobre a dinâmica do homeschooling na América. Foi aí que descobri muitas famílias americanas adeptas. No Instagram, tentei desbravar um pouquinho de um universo que nunca vivi. Sei que existem ótimos grupos no Facebook sobre o assunto, mas naquele aplicativo de fotos a coisa se torna mais leve para ser absorvida no final de um dia corrido.

Ainda que boa parte dessas famílias tenha uma postura de exposição familiar extrema - algo com nuances incompreensíveis para mim -, há muita coisa boa que não posso deixar de relatar. Fica para o próximo post.

Algum leitor se identificou com esse texto? Não deixe de comentar!

Com amor, 

Luana

5 comentários:

  1. Luana,

    Meu filho tem 9 anos e, felizmente, hoje estamos satisfeitos com a escola. Na verdade o único problema que tive ainda foi durante o período da pré-escola, por causa do comportamento de uma professora em particular. O pesadelo durou um só semestre, mas me fez chorar muito quando finalmente percebi o que estava acontecendo. Já no semestre seguinte a turma foi direcionada para outra professora que não só tirou o sofrimento do meu filho, mas criou uma relação tão maravilhosa com ele que eu realmente não tenho palavras para descrever o bem que ela fez.

    Nessa idade eles passam um tempo considerável do dia na escola e é terrível imaginar que seja um lugar que eles não se sintam bem, que estejam confusos e se sentindo frustrados.

    Você pensa em adotar o homeschooling? Realmente não sei como funciona aqui no Brasil para as crianças obterem os registros das séries cursadas. Estou muito curiosa para saber mais sobre o que vc descobriu!

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  2. "na escola não aprendo nada!"

    Ai, que dor! Triste saber que a escola é uma instituição que não avança!

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  3. Gente, me identifico demais! Meu filho também tem 7 anos e neste ano passou para o colégio. Antes estudava numa creche-escola muito acolhedora e atenta, que deu uma excelente formação e letramento pra ele. Mas, em determinado momento, recorri ao Kumon e não me arrependo.Ele não ama, diferente do seu, mas sei o quanto o método alavanca o potencial deles. Isso é bom demais! Sobre o colégio, quase piro na escolha. Fui a todos, tive tantas dúvidas. Não escolhi o mais fofinho, mas o que me deu mais segurança. Sei que a formação é dividida entre escola e família, inclusive a parte de conteúdo. Não podemos entregar somente à escola essa responsabilidade. Assumi isso com vontade. É cansativo, às vezes desgastante até, mas prefiro assim. A caminhada é longa, mas, no que depender de mim, estarei sempre ali, lado a lado, aprendendo com ele, inclusive. Boa sorte na sua, na nossa caminhada. Que seja leve e grande! ;)

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  4. Oi Luana! Eu me interessei em saber mais o que vc falou sobre o material do anglo. Meu filho estuda com esse sistema desde o primeiro aninho, hj ele está no quinto. Tá certo que qa escola dele é um pouco diferente, pq embora seja apostilada é uma coopertaiva de ensino, então é um misto de escola cooperativista conteudista. Não sei se deu pra vc entender... Enfim, ele se adaptou bem, mas eu sou bem crítica e o seu comentário me deu uma pulguinha atrás da orelha. Pode falar mais sobre isso. Bjos

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    1. Meu filho até gosta dessa porcaria de material Anglo, no entanto, não acho de boa qualidade. A contextualização é forçada e não leva em conta a realidade e a necessidade das crianças. A programação visual é PÉSSIMA, poluída, cheia de imagens catadas da internet e que não foram feitas no Brasil, fogem da realidade, ou seja, uma contextualização FAKE. O material é tão poluído que chego a perceber que o Samuel tem dificuldade para se concentrar durante a leitura e preenchimento da apostila, algo que não acontece durante o uso dos livros do Kumon ou Bob Books (material para alfabetização em Inglês). Essa apostila Anglo é um prato cheio para a distração porque falta foco e sobra enrolação. Eles perdem tanto tempo abordando um monte de conteúdo (tudo em nome da maldita contextualização!), muitas vezes de uma maneira excessivamente superficial, e o que precisa ser ensinado de verdade, com perfeição, fica deficitário. Eu estou completamente insatisfeita com a apostila de Inglês e com o conteúdo/didática da Matemática. A Matemática, sem a menor dúvida, é o maior defeito do material, na minha opinião. Menina, lembrei que tem até páginas e páginas com muuuuuuitos artigos da Constituição do Império (1824), não esquecendo que estamos falando de um material especialmente elaborado para o ensino fundamental! Olha o absurdo: as respostas dos exercícios são super longas, as crianças chegam a copiar artigos inteiros da constituição do tempo do ronca e, enquanto isso, mal sabem fazer uma simples conta de subtração! Acho a editora Abril é uma verdadeira vergonha nacional! Afinal, pagamos uma fortuna por um material porco, mal elaborado e que atrapalha a vida escolar do meu filho. Fique atenta, viu? Que Deus os abençoe!

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