Ah, é o primeiro dia do ano, e lá vem outro post sobre consumo! Vamos ver se consigo resumir ao máximo a ladainha toda.
A classe média e alta daqui de Londrina só compra no Paraguai. Estão trazendo até material de construção básico e de acabamento para construir casas... Tudo sem pagar imposto! Janela, porta, vaso sanitário, bolsa original de grife, vestido Dior de alta costura com 50% de desconto (7 mil dólares na loja S.A.X, sem pagar imposto também), combustível, Sonho de Valsa, fralda descartável, peru de ceia, papel higiênico estampado, suco Ades, arroz, feijão, peixe, picanha... Essa é a pequena lista do que vi aqui perto de mim nas últimas 24 horas. Estou duvidando até da origem da BMW de cada um dos moradores da cidade.
E uma amiga, daqui também, comprou um container de coisas nos EUA: chegou tudooooooooooooo e nada foi taxado. Um container com toda a linha de eletrodomésticos da Viking, berço, até peças para automóveis... Não que eu queira consumir esse tipo de coisa, mas que dá raiva pagar 200 paus no liquidificador Walita, ah, dá muita.
Ao mesmo tempo, pessoas muito próximas a mim, com pequenas e grandes lojas aqui na região, confessaram que o Natal foi um fracasso total! Nunca venderam tão pouco. Uma pequenina boutique de uma amiga vai até fechar...
A lixeira de produtos recicláveis daqui do prédio fala com os moradores em inglês, espanhol... Só embalagem importada. A da nossa diarista (que vai mais ao Paraguai do que eu) é trilingue.
Eu não sei o que pensar e nem como agir daqui pra frente. Tenho minha parcela de culpa, é verdade.
Mimimimimi
(Eu moro no norte do Paraná. Paraguai nem é tão perto! São 12 horas de viagem,contando a ida e volta, no mínimo.)
A classe média e alta daqui de Londrina só compra no Paraguai. Estão trazendo até material de construção básico e de acabamento para construir casas... Tudo sem pagar imposto! Janela, porta, vaso sanitário, bolsa original de grife, vestido Dior de alta costura com 50% de desconto (7 mil dólares na loja S.A.X, sem pagar imposto também), combustível, Sonho de Valsa, fralda descartável, peru de ceia, papel higiênico estampado, suco Ades, arroz, feijão, peixe, picanha... Essa é a pequena lista do que vi aqui perto de mim nas últimas 24 horas. Estou duvidando até da origem da BMW de cada um dos moradores da cidade.
E uma amiga, daqui também, comprou um container de coisas nos EUA: chegou tudooooooooooooo e nada foi taxado. Um container com toda a linha de eletrodomésticos da Viking, berço, até peças para automóveis... Não que eu queira consumir esse tipo de coisa, mas que dá raiva pagar 200 paus no liquidificador Walita, ah, dá muita.
Ao mesmo tempo, pessoas muito próximas a mim, com pequenas e grandes lojas aqui na região, confessaram que o Natal foi um fracasso total! Nunca venderam tão pouco. Uma pequenina boutique de uma amiga vai até fechar...
A lixeira de produtos recicláveis daqui do prédio fala com os moradores em inglês, espanhol... Só embalagem importada. A da nossa diarista (que vai mais ao Paraguai do que eu) é trilingue.
Eu não sei o que pensar e nem como agir daqui pra frente. Tenho minha parcela de culpa, é verdade.
Mimimimimi
(Eu moro no norte do Paraná. Paraguai nem é tão perto! São 12 horas de viagem,contando a ida e volta, no mínimo.)
Acredito Lua, o fato da sua cidade ser uma cidade rica, onde estes " que podem" não pagam impostos nunca, onde o consumo é invadido. Sem dúvida, o carro do vizinho ...
ResponderExcluirAqui as vendas estouraram, e acho um absurdo, pois janeiro chegou e, com ele, as promoções. Quer dizer, quem comprou até, sabe-se lá o que pagou pela roupa que entrará em promoção. Meu pai trabalha na Associação Comercial e Industrial da cidade, e os comerciantes grandes dizem que as roupas que se compra em São Paulo dá para fazer promoção direto, imagine no Paraguai.
Com este alto consumo, meu coração já fica apertado ao ver o preço de latinha (produtos recicláveis) , papelão, que caem os preços. O coitado do catador é quem sofre, enquanto seu salário cai, com o alto consumo.
Super beijos ... ótimo início de ano, com muita saúde, paz e amor!!!
Elianinha.
Pois,é!Também estou neste conflito...Compro MUITO pelo ebay e outros sites gringos, tudo quanto é tipo de maquiagem,perfumes,roupas...
ResponderExcluirAs vezes me acho uma "traidora" da pátria, mas como vc disse dá muita raiva pagar 200 reais em um perfume se posso pagar 30 no "strawberry" por exemplo, NUNCA pagar 70 reais em um batom MAC aqui do Brasil, mas pago 15 doláres em um site gringo e por aí vai!!!
Sem falar em roupas, brinquedos, porém me sinto como se tivesse prejudicando o comércio local!
Acho que o protesto deve ser direcionado em duas partes:
ResponderExcluir1ro - Governo para redução dos impostos e os nossos fabricantes possam produzir a preços mais justos e competitivos;
2do - aos fabricantes, que a maioria, mesmo com redução de impostos, se recusam a reduzir os preços. Também acho que os fabricantes são importantes nessa pressão com o governo, afinal é interesse de todos.
Enquanto os impostos continuam abusivos, e a maior parte dele indo parar nos bolsos de governantes corruptos, a melhor opção é comprar lá fora.
Beth
olha, fiquei de cara com essa do conteiner q vc contou! é demais ne? e realmente londrinense ama o paraguai e a SAX se tornou a daslu dos paranaenses!
ResponderExcluirbeijao pra vc e um excelente 2011!
ai, eu ainda não tenho opinião muito definida sobre quem importa todas essas coisas. o que me enfurece de verdade é a carga tributária no Brasil, uma das maiores do mundo, e como contrapartida não temos nada! Cheguei à conclusão que tudo que pagamos de imposto serve exclusivamente pra pagar os salários dos políticos, seus benefícios e aposentadorias absurdas. Qdo começo a pensar muito vai dando uma depressão, eu quero sumir do Brasil, mas basta ver um filme do Michael Moore pra ver que no mundo inteiro é a mesma coisa. triste.
ResponderExcluirontem saiu reportagem na Folha sobre o aniversário de São Paulo, e é a cidade mais cara das américas, isso mesmo, incluindo EUA e Canadá. Meu marido outro dia disse q se sente vivendo em Cuba às vezes, pq os melhores produtos não entram aqui, e qdo entram os preços são proibitivos com tanto imposto. Na faculdade aprendemos q imposto é pra proteger indústria nacional, mas aqui é pra prejudicar os consumidores e gerar receita pro governo. Afinal um batom nacional de qualidade bem inferior custa bem mais caro que um MAC comprado no free shop. E é isso q leva o povo a fazer oq vc contou. A princípio eu diria q é errado fazer qqr tipo de contrabando, lei é lei, inclusive pra quem vai viajar e tem q pagar excesso de bagagem ou tarifa sobre o q exceder o limite em dólares. Também vejo gente dando um jeito de pagar menos imposto com IPVA (registrando o carro em Londrina mas andando em São Paulo), etc. e acho errado, mas aos poucos estou me convencendo que isso nada mais é que o efeito colateral dessa carga tributária absurda q nos obrigam a engolir..